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Funcionários da Fundação Casa decidem em assembleia manter greve após oferta de reajuste de salários em 6%


Trabalhadores iniciaram movimento na quarta-feira (3), depois de o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) oferecer reajuste aos trabalhadores do sistema socioeducativo menor do que o aumento médio dado a policiais um dia antes, de 20%. Funcionários da Fundação Casa votaram por manter a greve
Divulgação
Funcionários da Fundação Casa votaram na manhã desta quinta-feira (4) para manter a greve iniciada um dia antes, após a categoria não aceitar acordo de reajuste salarial proposto pelo governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com a decisão, a paralisação segue por tempo indefinido.
A nova audiência avaliou proposta de acordo mediada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) com representantes do governo. A reunião aconteceu durante toda a manhã no Brás, Zona Leste de São Paulo.
Na terça, os trabalhadores receberam da gestão Tarcísio proposta de reajustar em 6% os salários, mas discordaram do valor e mantiveram o plano de greve, que já havia sido votado e aprovado no sábado (29). Um dia antes, o governo paulista concedeu reajuste médio de 20% a policiais civis e militares.
Segundo o governo de São Paulo (confira o posicionamento ao fim da reportagem), a proposta feita aos trabalhadores incide em benefícios dos servidores (vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral), para além dos salários. Caso aprovada, passa a valer a partir de junho.
Na quarta, os grevistas iniciaram ato na unidade da Fundação Casa da Vila Leopoldina, na Avenida Doutora Ruth Cardoso, Zona Oeste da capital paulista. Eles impediram outros funcionários de entrarem na unidade.
“Esperamos que com a questão da greve que iniciou hoje, que os deputados nos ouçam, que o governo venha aqui”, afirmou a presidente do Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp), Cláudia Maria, em audiência pública feita na quarta-feira, após o início do movimento grevista.
O governo de SP obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para que 80% do efetivo de servidores de cada área de atuação permaneça em seus postos de trabalho para a continuidade da execução da medida socioeducativa em todo o estado. Em caso de descumprimento, o Sitsesp será multado em R$ 200 mil ao dia.
Reajuste para policiais
No mesmo dia em que propôs 6% de reajuste aos trabalhadores da Fundação Casa, o governo paulista apresentou na Assembleia Legislativa de São Paulo proposta de reajuste salarial para policiais civis e militares. Conforme apurado pelo g1, os reajustes variam de 13% a 34%, com maiores valores para carreiras iniciais.
A Secretaria da Justiça e Cidadania, gerida pelo secretário Fábio Prieto no governo de Tarcísio, é responsável pela Fundação Casa. Em nota, a pasta afirmou que fez três reuniões neste ano com representantes dos funcionários antes de apresentar a proposta de reajuste.
Segundo o posicionamento, a Fundação concedeu 18,91% de reajuste para os servidores entre 2018 e 2022. O governo afirma que o reajuste incluiu os benefícios do vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-funeral. “O vale-alimentação, por sua vez, teve elevação 45,42% no mesmo período”, afirma o governo.
A última das reuniões com os funcionários ocorreu na noite de terça-feira (2) com a presença do secretário da Casa Civil, Arthur Lima; do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto; de secretarias do Governo do Estado de São Paulo, e da presidente do Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), Cláudia Maria e diretores.

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