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Dengue em Ribeirão Preto: ralos nas casas são principais criadouros do mosquito, diz chefe de Saúde


Aplicação de sal é suficiente para conter a proliferação do Aedes aegypti, orienta Maria Lúcia Biagini. Desde janeiro, cidade soma 2.621 casos, número 23,51% maior do que o de 2022. Ribeirão Preto, SP, já tem mais de 100 casos de dengue por dia
Cerca de 80% dos criadouros do mosquito da dengue em Ribeirão Preto (SP) estão dentro das casas, segundo a chefe da Divisão de Controle de Vetores, Maria Lúcia Biagini. O que chama a atenção é que a maioria das larvas do Aedes aegypti é encontrada nos ralos externos e internos dos imóveis.
“Onde nós encontramos esses focos? Em vasos, pratos de vasos, plantas cultivadas na água e, principalmente, nos ralos externos e internos [das casas].”
Cerca de dez toneladas de materiais considerados potenciais criadouros foram recolhidos pela prefeitura em 2022. Maria Lúcia dá dicas fáceis para evitar a proliferação do mosquito em casa.
“Existe o que chamamos de tratamento alternativo. Um prato de vaso ele deve ser justaposto, bem justinho ao fundo do vaso porque aí ele não vai acumular água. Não cultivar mudas de plantas dentro da água. Ralos internos e externos, uma vez por semana, colocar uma colher de sopa de sal fino de cozinha, não é o sal grosso, dentro do ralo. A hora que a larva for se alimentar, ela vai morrer desidratada”, orienta.
A professora Victoria Morelli não escapou da dengue em Ribeirão Preto, SP
Marcelo Moraes/EPTV
Aumento em relação a 2022
Dados da Divisão de Vigilância em Saúde mostram que de janeiro até quarta-feira (12), Ribeirão Preto registrou 2.621 casos de dengue e uma morte. O número é 23,51% maior do que o do mesmo período de 2022, quando 2.122 moradores ficaram doentes. Não houve mortes no ano passado em razão da doença.
Os bairros da zona Leste concentram o maior número de doentes até o momento em Ribeirão Preto — 1.151 infectados –, enquanto a região Sul tem o menor – 286 registros.
A professora Victoria Morelli mora com a família no bairro Lagoinha, na zona Leste, e foi a última em casa a ficar doente.
“Meus pais e minha irmã já pegaram e eu via que eles sentiam muita dor, mas nada do que eu imaginava que fosse sentir. Parece que passa um caminhão em cima de você, literalmente. Eu sentia muita dor no corpo todo, ficava pesado, e os ossos parecem que foram quebrados. A pele, no final, começa a ficar vermelha e fica coçando o dia inteiro.”
Os sintomas como os descritos por Victoria têm levado muitos moradores às unidades de pronto atendimento (UPA) em Ribeirão Preto. Segundo dados da prefeitura, em março, 82% pacientes que buscaram consultas foram diagnosticados com dengue.
Volta da chikungunya
A chefe da Divisão de Controle de Vetores alerta para o aumento exponencial de casos de dengue, mas ainda chama a atenção para o registro da chikungunya. A doença, também é transmitida pelo mosquito da dengue, já afetou 11 moradores até o momento.
“Historicamente, abril e maio são os meses em que mais ocorrem casos de dengue, e o que mais está preocupando agora é a entrada da chikungunya em Ribeirão Preto. Temos 11 casos positivos da doença. Seis são casos importados de pessoas que viajaram e trouxeram o vírus para a cidade, mas cinco já são autóctones, ou seja, a pessoa contraiu aqui.”
De janeiro a abril de 2022, não houve registro de casos de chikungunya na cidade.
Sintomas de doenças transmitidas por mosquitos
Rodrigo Sanches e Diana Yukari/G1
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