Segundo a especialista, quando acontece o beijo, um estímulo de euforia e prazer comparado às drogas é liberado no cérebro, despertando o desejo de querer mais. O Beijo, escultura da mestre artesã alagoana Irinéia
Reprodução TV Gazeta
Apaixonados, inesquecíveis, insuperáveis ou até mesmo ruins. Estes são alguns dos adjetivos usados para descrever o momento do beijo. O Dia do Beijo é celebrado nesta quinta-feira (13) e, para os beijoqueiros, é uma data que não pode passar em branco. Afinal, um beijinho na pessoa certa é uma demonstração de carinho.
O ato afetuoso pode trazer lembranças positivas ou negativas. Se a experiência de beijar alguém foi desagradável, é possível olhar pelo lado positivo: segundo a psicóloga especialista em neurociências e comportamento, Maria Clara Moreno, a ação pode trazer benefícios para a saúde.
“Assim como o exercício físico, o beijo gera hormônios positivos para o nosso organismo. Então, beijar alguém pode ter uma influência bastante positiva na diminuição do estresse, da ansiedade e da depressão” explica.
Maria Clara ainda diz que quando o beijo acontece, um estímulo de euforia e prazer comparado às drogas é liberado no cérebro, despertando o desejo de querer mais.
“A dopamina é um neurotransmissor que pode atingir seu pico durante o beijo. É como se fosse uma droga natural, associada à recompensa, que nos faz sentir uma onda de euforia e prazer. Ela estimula os mesmos centros de prazer no cérebro que as drogas, nos fazendo querer mais” finaliza.
‘Beijos cinematográficos’ proibidos
O que hoje é um ato de amor, há mais de 40 anos foi um ato de resistência. Em pleno regime militar, no dia 7 de fevereiro de 1981, as ruas de Sorocaba (SP) ganharam uma forma diferente de protesto.
Na época, uma decisão judicial proibiu o beijo entre casais e mais de 5 mil jovens organizaram uma ação no Centro da cidade durante o que ficou conhecido como a “Noite do Beijo”.
Manifestantes protestaram contra a liberdade de expressão
Carlos Bastistella/Arquivo Pessoal
Os manifestantes fizeram uma passeata pacífica que contou com 300 pessoas no início (veja fotos na galeria).
‘Beijos libidinosos’
O mandado expedido pelo juiz na época dizia: “Beijos há que são libidinosos e, portanto, obscenos, como o beijo no pescoço, nas partes pudendas e etc., e como o beijo cinematográfico, em que mucosas labiais se unem numa insofismável expansão de sensualidade”.
Sem concordar com a argumentação, os estudantes utilizaram cartazes e cantavam “mais beijo, mais pão, abaixo a repressão” na manifestação.
Segundo os organizadores, a passeata seguiu até a Praça do Canhão, na área central da cidade. Os integrantes da passeata eram sempre observados por policiais disfarçados, mas os organizadores perceberam que a multidão já estava ficando incontrolável e decidiram dispersar.
O grupo que organizou a passeata mantém uma página em uma rede social para discutir a manifestação da época e a importância do movimento.
*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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