Na véspera, a moeda norte-americana teve queda de 1,29%, cotada a R$ 4,9421, abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 9 de junho de 2022. Notas de dólar
pasja1000/Creative Commons
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (13).
Às 9h10, a moeda norte-americana caía 0,41%, cotada a R$ 4,9216. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar teve queda de 1,29%, cotada a R$ 4,9421, ficando abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 9 de junho de 2022. Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular perdas de 2,51% no mês e de 6,36% no ano.
LEIA TAMBÉM:
ENTENDA: O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em 10 meses
O que está mexendo com os mercados?
O dólar passou por dois dias de queda relevante, conforme aumentaram as perspectivas de queda das taxas de juros aqui e nos Estados Unidos, o que anima investidores a deixar investimentos seguros e partir para ativos de risco. É uma situação que favorece investimentos em países emergentes, como o Brasil.
As divulgações dos índices de inflação do Brasil e dos Estados Unidos foram duas boas notícias para os agentes do mercado financeiro, que se preocupam com desaceleração da economia global. Ambos os dados indicam que a subida dos juros está fazendo efeito nos preços, e que poderão ser reduzidos em um prazo mais curto.
Agora, investidores avaliam a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), dos dias 21 e 22 de março. Na ocasião, os juros americanos foram elevados em 0,25 ponto percentual.
O documento mostra que parte das autoridades do Fed consideraram interromper os aumentos da taxa de juros, até que ficasse claro que a falência de dois bancos regionais não causaria maior estresse no sistema bancário. Além disso, afirma que é esperada uma “leve recessão” para os EUA no fim do ano.
Segundo relatório da Infinity Asset, membros do comitê deixaram claro que tem na crise bancária a “esperança” de redução natural das linhas de crédito, um “credit crunch”, e que isso em si se tornaria um aperto monetário indireto no sistema.
“Ainda assim, é necessário aguardar tais efeitos e principalmente, o mercado de trabalho para garantir que tal cenário recessivo se concretize e o Fed possa voltar a cortar juros em breve, o que para os otimistas seria no fim deste ano e para os realistas, em algum momento no primeiro trimestre de 2024”, diz o texto.
Mais tarde, o Escritório de Estatísticas do Departamento do Trabalho dos EUA revela o índice de preços ao produtor (PPI) de março.
Em fevereiro, o PPI cheio recuou 0,1% no mês e aumentou 4,6% no ano. As estimativas são de estabilidade (mês) e +3% (ano). O núcleo do PPI não variou na comparação mensal e subiu 4,4% na anual, com estimativas, respectivamente, de +0,3% e 3,4%.
Initial plugin text