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Policiais são denunciados por assassinar advogada e a mãe dela no Ceará


Sargento e soldado foram presos no mesmo local onde uma moto suspeita de ter sido usada no crime foi abandonada. Advogada e a mãe dela são assassinadas a tiros em Morrinhos, no interior do Ceará
Arquivo pessoal
Os policiais militares presos por suspeita de envolvimento nas mortes de uma advogada e da mãe dela na cidade de Morrinhos, no interior do Ceará, foram denunciados, nesta terça-feira (11), pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).
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O sargento Amaury da Silva Araújo e o soldado Daniel Medeiros de Siqueira foram capturados no sábado, 25 de março, um dia após o crime que vitimou Rafaela Vasconcelos, 34 anos, e Maria Socorro dos Vasconcelos, 78 anos.
A defesa dos policiais afirma que ainda não foi formalmente informada sobre a denúncia. Ainda conforme os advogados, o Ministério Público e a polícia coletaram provas “irregulares” na investigação do caso. Entre as provas levantadas estão conteúdo do celular dos agentes de segurança.
De acordo com a polícia, no aparelho celular do sargento, foram encontrados imagens que mostram três homens conversando no carro e fazendo imagens no endereço de uma das vítimas, no caso da advogada. A polícia acredita que essa imagem é um forte indício que o sargento participou do crime.
A defesa rebate que essas imagens que foram coletas sem autorização e acham que são inválidos por tratar-se de dados confidenciais. Já em relação ao soldado Daniel Medeiros de Siqueira, a polícia afirmou que ele encontrava-se muito nervoso no momento do depoimento e as versões apresentavam contradições. A defesa disse que ele não participou do crime e que não estava em Morrinhos.
Agentes afastados da polícia
Advogada de 34 anos e a mãe são assassinadas a tiros em Morrinhos, no interior do Ceará; polícia investiga o caso
TV Verdes Mares/Reprodução
No último dia 28 de março, os dois agentes de segurança foram afastados das funções pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) pelo período de 120 dias. A decisão do órgão foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 28 de março..
“Os fatos que lhes são imputados, em tese, se revelam incompatíveis com a função pública, além de ser necessário à garantia da Ordem Pública e à correta aplicação da sanção disciplinar”, dizia um trecho da decisão da CGD.
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Amaury e Daniel já eram investigados por extorsão, além disso, o sargento também é réu pela morte de um jovem, em Fortaleza.
Além do afastamento dos agentes, a CGD instaurou um Conselho de Disciplina para apurar a conduta dos PMs e designou uma comissão para acompanhar o processo. Os policiais militares suspeitos foram autuados em flagrante através da Delegacia de Assuntos Internos (DAI). A CGD instaurou um procedimento disciplinar para apuração do caso na seara administrativa.
Arma e munições
Antes da prisão dos agentes, a polícia localizou e apreendeu em um matagal uma motocicleta sem placas, suspeita de ter sido usada no duplo homicídio de mãe e filha.
Conforme a CGD, os policiais foram capturados em um carro, no mesmo local onde horas antes a moto havia sido abandonada.
Durante a abordagem, o sargento Amaury estava armado com uma pistola, além de possuir 31 munições da arma, mas não portava o Certificado de Arma de Fogo (CRAF). No interrogatório, o sargento disse à polícia que a arma “estaria regularizada”.
A Controladoria segue com as investigações, objetivando identificar as participações de outras pessoas no crime. Os militares estão à disposição da Justiça.
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