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Paes e Castro dizem aceitar reduzir impostos para melhorar operação do Aeroporto Internacional Tom Jobim


Governador e prefeito do Rio participaram do evento ‘Reage, Rio!’ que debateu um equilíbrio entre a operação no Galeão e no Santos Dumont. Enquanto o terminal do Centro vem operando no limite de sua capacidade, provocando filas e atrasos, o da Ilha do Governador vem perdendo passageiros. Evento debate situação dos aeroportos do Rio
O governador do Rio, Cláudio Castro, e o prefeito Eduardo Paes disseram nesta terça-feira (24) que aceitariam reduzir impostos para melhorar a operação no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, e desafogar o Aeroporto Santos Dumont, no Centro.
Castro disse que “aceita perder” receita, como na cobrança de ICMS de combustível para aviões. Já Paes falou que concordaria em zerar a cobrança de ISS das lojas que funcionam no Galeão.
Os dois participaram do evento “Reage, Rio!”, que tenta resolver os problemas nos aeroportos da cidade, garantindo mais equilíbrio entre o número de passageiros nos dois terminais.
“O excesso do Santos Dumont gera transtorno pra cidade, quebra o Galeão. Se você tem alguém que antigamente só poderia viajar internacional saindo do Galeão e hoje pode viajar internacional saindo daqui deixando a mala no Santos Dumont e pegando no destino final é um passageiro que seria do outro aeroporto e tá indo. O Galeão passa hoje por um ciclo vicioso. Por isso ele tem tarifas altas, por isso ninguém quer ir pra lá. E a estrutura fica sendo ruim”, destacou Castro.
Já Paes defendeu que é preciso limitar a capacidade do Santos Dumont a 6 milhões de pessoas por ano.
“O aeroporto Santos Dumont tem que ter a sua capacidade limitada a seis milhões de pessoas. Ponto final. Não tem que ter mais do que isso. Servir para ponte aérea, um outro voo pra cá e pra lá. Mas o Galeão é que tem que ser o HUB doméstico do Rio de Janeiro. Segunda medida, que aí é mais de médio prazo, ao se definir a modelagem de concessão do Santos Dumont, que ela seja feita levando em consideração o Galeão, um sistema multiaeroportos. Os aeroportos têm que se falar”, disse o prefeito.
Castro e Paes se reunirão com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, na tarde desta terça-feira (25), em Brasília.
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Galeão X Santos Dumont
Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio
Reprodução Jornal Nacional
Enquanto o Galeão sofre com a queda de passageiros, o Santos Dumont vem registrando aumento no número médio de embarques e desembarques.
O Santos Dumont contabilizou 10,1 milhões de passageiros em 2022. Há dez anos, o aeroporto localizado no Centro recebia 9,2 milhões de pessoas.
A lotação do Santos Dumont também causa problemas na operação do terminal. Longas filas, falta de pontualidade e cancelamentos dos voos passaram a ser mais frequentes nos últimos anos.
O Aeroporto do Santos Dumont vem registrando aumento no número médio de emparques e desembarques
Reprodução/TV Globo
Com o objetivo de combater o esvaziamento do Galeão, o ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, Márcio França, determinou, no dia 7 de abril, que a operação Santos Dumont não ultrapasse os 10 milhões de passageiros nesse ano de 2023.
O novo limite imposto pelo ministro é uma estratégia para tentar aumentar o número de voos no Galeão, que registrou queda de 65% na movimentação de passageiros nos últimos oito anos.
Em 2014, no primeiro ano de administração privada do Galeão, o total de passageiros embarcando e desembarcando no aeroporto chegou a 17 milhões. Já em 2022, a empresa registrou a presença de 5,9 milhões de passageiros no aeroporto.
Movimentação de passageiros no Aeroporto do Galeão caiu cerca de 65% nos últimos 8 anos
Reprodução/TV Globo
Capacidade máxima causa controvérsia
A capacidade máxima de passageiros por ano no Santos Dumont também virou um ponto de polêmica. Até o ano passado, a Infraero divulgava que o aeroporto tinha capacidade de atender até 9,9 milhões de passageiros por ano. Contudo, o órgão federal responsável por administrar os aeroportos brasileiros passou a considerar que a capacidade por ano do Santos Dumont é de até 15,3 milhões.
De acordo com a Infraero, a capacidade máxima não foi alterada.
Em nota, a empresa pública explicou que o número maior considera 12 horas de pico por dia no Aeroporto Santos Dumont, e que a capacidade de 9,9 milhões de passageiros por ano é relativa a uma demanda baixa, de 8 horas de pico por dia.
Ainda segundo a Infraero, eles passaram a publicar no site a capacidade máxima com alta demanda (15,3 milhões e não mais os 9,9 milhões).
Sobre os atrasos nos voos, a Infraero informou que a pontualidade da operação está sujeita a eventos adversos, como condições meteorológicas, atrasos na origem, interrupções ou congestionamentos das vias de acesso ao aeroporto, entre outros fatores.

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