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Caso Quênia: em pedido de habeas corpus, pai afirma que madrasta matou a criança


Defesa de Marcos Vinicius Lino alega que ele é inocente, pois não estava em casa no momento das agressões. Já Patrícia André Ribeiro afirma que a enteada se machucou caindo. MP denunciou os dois por homicídio duplamente qualificado. Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima
Reprodução
O pai da menina Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos, que foi denunciado pela morte da criança, disse que a responsável pelo crime foi a madrasta.
Marcos Vinicius Lino de Lima acusa Patricia André Ribeiro de ter matado Quênia. No pedido de habeas corpus feito pela defesa, ele alega que Patricia agrediu a criança quando ele não estava em casa.
Patricia André Ribeiro, madrasta da menina Quênia Gabriela, está presa
Reprodução
“Eu vou esperar a resposta do habeas corpus e se ele for concedido, não será necessário o pedido de liberdade provisória”, disse o advogado Jairo da Silva Motta.
Na denúncia, o Ministério Público afirma que Patrícia agrediu a criança “com emprego de severa violência física, na face, cabeça, tórax, abdômen, dorso, braços direito e esquerdo, pernas direita e esquerda e orelha, que, por suas naturezas e sedes, foram a causa efetiva de sua morte, conforme laudo de exame de necropsia.”
Marcos Vinicius Lino, pai de Quenia
Reprodução/TV Globo
Os promotores sustentam que Marcos foi omisso e poderia ter evitado a morte da filha.
“Como pai da criança Quênia, devia e podia agir para evitar o resultando, tendo para com a criança, a obrigação de cuidado, proteção e vigilância.”
O advogado Jairo da Silva Mota afirma que Marcos Vinicius deixou a criança bem e com saúde sob os cuidados da madrasta, e que seu cliente é inocente da acusação de homicídio.
“O próprio Ministério Público confirma que quem efetuou as lesões e causou a morte (da criança) foi a madrasta. O MP diz que ele apenas cometeu omissão”, argumentou. Segundo o advogado, Patrícia ligou para Marcos Vinícius e disse que a criança estava morta.
“As testemunhas de defesa disseram que a criança estava morta e ele (o pai) saiu correndo pra unidade de saúde, mas a criança já estava morta”, disse Jairo.
Crime completou um mês
Nesta segunda-feira (10), o MPRJ denunciou o casal. O crime completou um mês no domingo (9). A denuncia foi feita pela 2ª Promotoria de Justiça junto ao IV Tribunal do Júri da Capital.
Marcos e Patrícia foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, sem chance de defesa da vítima.
O Ministério Público também pediu mais detalhes aos peritos do caso sobre as múltiplas equimoses encontradas na criança, entre elas uma ferida no umbigo. O MP quer saber se a ferida foi causada por uma queimadura.
A promotoria também pediu informações sobre uma laceração no ânus da criança, para saber se a menina de dois anos foi violentada.
A delegada Márcia Helena Julião, da 43ª DP (Guaratiba), havia indiciado a dupla pelo crime em meados de março. Ambos estão presos desde o dia do crime.
O caso foi descoberto depois que a médica que atendeu a menina na Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, suspeitou de tortura. Ela correu até a delegacia do bairro para falar sobre a suspeita quando os pais ainda estavam na unidade de saúde.
Marcos nega as agressões e diz que tudo “é um erro”. Já Patrícia afirma que a enteada se machucou caindo.
Segundo o laudo médico, Quenia Gabriela tinha 59 lesões por todo o corpo, principalmente no rosto e no abdômen, além de sinais de abuso sexual. Os hematomas, alguns novos e outros antigos, revelaram uma rotina de agressão física e maus-tratos vivida dentro de casa.
Laudo da menina de 2 anos
Reprodução
A médica lembrou que Quenia já tinha sido atendida na clínica em novembro do ano passado com um corte de 5 centímetros no couro cabeludo. Na ocasião, a madrasta informou que uma louça tinha caído na cabeça da enteada.

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