JN também teve acesso ao conteúdo do depoimento da ex-atleta de vôlei Sandra Mathias, que aparece batendo nos trabalhadores. Imagens de agressão em São Conrado, RJ
reprodução Jornal Nacional
O Jornal Nacional teve acesso a novas imagens que podem ajudar a esclarecer as agressões a dois entregadores no Rio, e também ao conteúdo do depoimento da mulher que os atacou.
Sandra Mathias confirma que a confusão com os entregadores começou no dia 4 de abril. Max Ângelo passa de bicicleta pela calçada enquanto ela passeia com o cachorro. Em depoimento à polícia, a agressora disse que reclamou com Max: “Tem necessidade de você passar do meu lado assim?”. E alegou que ele respondeu com palavrões. Max nega.
Aos policiais, ela ainda declarou que ouviu de Max palavras homofóbicas e provocativas. Ele nega. Ela negou ter feito ofensas ou gestos de cunho racial contra Max.
Em depoimento, uma testemunha que trabalhava na loja no momento disse que ouviu Sandra falar a palavra “favela” e a frase “me dá o telefone desse marginal”.
O Jornal Nacional teve acesso a novas imagens que mostram os acontecimentos do dia da agressão de Sandra Mathias aos entregadores por outros ângulos. São detalhes que podem ajudar a esclarecer o caso.
Domingo de Páscoa, 17h05. Sandra passa pela calçada com o cachorro. Quase dois minutos depois, a entregadora Viviane de Souza chega de bicicleta. Sandra volta e começa a discutir. Depois Sandra parte para cima de Viviane.
No depoimento, a ex-atleta admitiu que “resolveu agredi-la com um soco” no momento em que a entregadora se apoiou na grade e chutou o rosto de Sandra. Segundo Sandra, Max a segurou para que Viviane a agredisse.
As novas imagens mostram primeiro Max tentando separar a briga. Depois, ele coloca o cotovelo próximo ao pescoço de Sandra e a empurra para longe de Viviane. Na sequência, Sandra continua tentando agredir Viviane, que sai correndo. Sandra volta, encontra Max, dá socos e depois tira a coleira do cachorro e usa como um chicote.
Na versão da agressora, ela diz que “resolveu pegar a guia do cachorro para se defender do que chamou de covardia de Max.
“Representa 1800, com certeza. Eu tomando aquela chicotada, eu me senti um escravo, sem dúvida nenhuma”, diz Max.
Jornal Nacional tem acesso a novas imagens que podem ajudar a esclarecer as agressões a entregadores no Rio
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