{"id":703466,"date":"2025-04-02T02:17:40","date_gmt":"2025-04-02T05:17:40","guid":{"rendered":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/agencia3\/703466"},"modified":"2025-04-02T02:17:40","modified_gmt":"2025-04-02T05:17:40","slug":"por-que-festivais-quase-sempre-tem-lama-da-para-fugir-do-problema","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/agencia3\/703466","title":{"rendered":"Por que festivais quase sempre t\u00eam lama? D\u00e1 para fugir do problema?"},"content":{"rendered":"

Festivais como Lolla, The Town e Rock in Rio t\u00eam hist\u00f3rico de lama\u00e7al; entenda o que est\u00e1 por tr\u00e1s disso. Lama invade o Lollapalooza 2025 ap\u00f3s chuva
\nLuiz Gabriel Franco\/g1
\nEntra edi\u00e7\u00e3o, sai edi\u00e7\u00e3o, e o Lollapalooza Brasil continua tendo perrengues com lama. J\u00e1 virou quase uma tradi\u00e7\u00e3o do evento, que n\u00e3o \u00e0 toa foi popularmente apelidado de “Lamapalooza”. Mas o problema est\u00e1 longe de ser uma exclusividade do Lolla. Festivais como The Town e Rock in Rio tamb\u00e9m t\u00eam hist\u00f3rico de lama\u00e7al.
\nMas ser\u00e1 poss\u00edvel driblar a lama em um festival? Existem maneiras de impedi-la ou evit\u00e1-la? O que os organizadores desse tipo de evento podem fazer? Como o p\u00fablico age diante da lama?
\nA seguir, o g1 responde a essas e outras perguntas.
\nO local faz diferen\u00e7a
\nMuito mais do que um amontoado de pistas para carros e motocicletas, o Aut\u00f3dromo de Interlagos se tornou o point dos festivais de m\u00fasica que rolaram em S\u00e3o Paulo. S\u00f3 l\u00e1 acontecem Lollapalooza, Primavera Sound e The Town. Dez anos atr\u00e1s, no entanto, o espa\u00e7o estava bem longe de ser o lar queridinho dos festivais.
\nPor exemplo, o Lolla chegou ao Brasil em 2012 e suas duas primeiras edi\u00e7\u00f5es rolaram no Jockey Club, ambiente associado a eventos de hipismo. Nos dois anos, o festival foi tomado por muita lama. Muita mesmo.
\nPara se ter uma ideia do lama\u00e7al que costuma acontecer no Jockey: Em 2015, o megafestival Brahma Valley tamb\u00e9m aconteceu ali, e parte do p\u00fablico ficou chafurdada de lama at\u00e9 pelo menos o meio da canela.
\nTodos esses epis\u00f3dios \u2014 somados a outros problemas \u2014 levaram ao fim da realiza\u00e7\u00e3o de festivais de m\u00fasica no Jockey. E sim, a lama continuou no Aut\u00f3dromo, mas de uma forma bem menos intensa.
\nIsso porque a escolha do local interfere diretamente na quest\u00e3o. A geomorfologia muda de lugar para lugar e, com isso, a lama tamb\u00e9m fica diferente. Outro ponto importante \u00e9 o tipo de altera\u00e7\u00e3o do solo da regi\u00e3o, que impacta na terra molhada.
\nLama invade o Lollapalooza 2025 ap\u00f3s chuva
\nLuiz Gabriel Franco\/g1
\nDriblando a lama
\nOnde h\u00e1 terra, haver\u00e1 lama. E no caso de festivais de m\u00fasica, a maioria acontece em locais com gramado.
\nSer\u00e1 poss\u00edvel, ent\u00e3o, driblar lama\u00e7ais em ambientes como Aut\u00f3dromo de Interlagos, Parque Ibirapuera, Jockey Club e Parque Ol\u00edmpico (RJ)?
\nPara conter a lama em festivais, \u00e9 comum o uso de materiais como brita, placas e tapume. H\u00e1 tamb\u00e9m projetos de engenharia espec\u00edficos para cada espa\u00e7o, planejados para evitar esse e outros problemas.
\nEm caso de festivais que duram dias, tamb\u00e9m \u00e9 poss\u00edvel diminuir a lama de uma data para a outra a partir de processos como a remo\u00e7\u00e3o dos pontos de maior inunda\u00e7\u00e3o, inclus\u00e3o de por\u00e7\u00f5es de barro seco e drenagem de \u00e1gua parada.
\nImpossibilitar o surgimento da lama em si, no entanto, \u00e9 uma tarefa bem mais complexa. A come\u00e7ar, pelo fato que o deslocamento do p\u00fablico entre os palcos afeta o solo em quest\u00e3o que, molhado, se torna naturalmente mais adepto ao deslizamento.
\nLama invade o Lollapalooza 2025 ap\u00f3s chuva
\nLuiz Gabriel Franco\/g1
\nO clima
\nOutro fator importante nessa discuss\u00e3o \u00e9 o clima. Para evitar lama, o ideal seria realizar festivais em \u00e9pocas com menor chance de chuva na regi\u00e3o do evento.
\nMesmo assim, n\u00e3o d\u00e1 cravar que a chuva est\u00e1 fora de cogita\u00e7\u00e3o. Que dir\u00e1, ent\u00e3o, em um mundo cada vez mais impactado pelos avan\u00e7os das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, que causam tempestades fora de \u00e9poca, por exemplo.
\nA lama \u00e9 pop
\nApesar da decep\u00e7\u00e3o que causa em boa parte do p\u00fablico, a lama n\u00e3o \u00e9 exatamente uma vil\u00e3 dos festivais. Na verdade, existe at\u00e9 um glamour por tr\u00e1s dos sapatos encardidos dos f\u00e3s.
\nEm 2015, a loja oficial do Rock in Rio p\u00f4s \u00e0 venda um souvenir com por\u00e7\u00f5es de lama da primeira edi\u00e7\u00e3o do festival, ocorrida em 1985. Cada potinho lamacento custava R$\u00a0185.
\nConsiderada um item de colecionador, a lama do souvenir foi retirada da obra da Vila dos Atletas dos Jogos Ol\u00edmpicos de 2016, no terreno que abrigou a primeira cidade do Rock. L\u00e1 foram encontrados peda\u00e7os de t\u00eanis, pulseiras e roupas da \u00e9poca do primeiro Rock in Rio.
\nMegat\u00eanis sujo de lama lembra Rock in Rio de 1985
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV Globo
\nEm 2022, o festival carioca tamb\u00e9m colocou um enorme t\u00eanis sujo de lama no caminho entre os palcos. O point virou cen\u00e1rio de muitas selfies.
\nEm qualquer pe\u00e7a de roupa ou acess\u00f3rio, a mancha de lama pressup\u00f5e que seu dono foi at\u00e9 um lugar com gramado. D\u00e1 uma ideia de “rol\u00ea vivido”. E na era das redes sociais, isso vira posts \u2014 ou mais especificamente um s\u00edmbolo de rolezeiro.
\nAntes mesmo das chegadas das redes, por\u00e9m, a lama j\u00e1 tinha seu brilho. Festival de m\u00fasica mais emblem\u00e1tico da hist\u00f3ria, o Woodstock (1969) teve v\u00e1rios de seus frequentadores “nadando” na terra molhada.
\nPensada ou n\u00e3o, a brincadeira se encaixava em certa medida com os valores pregados pelo Woodstock, que celebrava a contracultura. Se jogar na lama n\u00e3o deixa de ser algo que debocha das normas sociais de comportamento.
\nSapato de lama
\nQuem deseja se livrar da sujeira lamacenta deve limpar a pe\u00e7a quanto antes. \u00c9 o que recomenda o diretor-executivo de uma marca de cal\u00e7ados, Eduardo Abichequer.
\n“A lama e sujeiras secas podem ser mais dif\u00edceis de remover depois. Levar um pano \u00famido para limpar as \u00e1reas mais cr\u00edticas durante o festival pode ser \u00fatil.”
\nPara isso, basta seguir essas instru\u00e7\u00f5es:
\nUsar escova de dentes velha com \u00e1gua morna e sab\u00e3o neutro;
\nAplicar bicarbonato de s\u00f3dio para remover manchas e odores;
\nUsar com modera\u00e7\u00e3o produtos qu\u00edmicos, como detergentes neutros ou aqueles espec\u00edficos para t\u00eanis;
\nFazer um teste com o produto em uma \u00e1rea discreta do cal\u00e7ado antes de aplic\u00e1-lo por completo;
\nEvitar \u00e1gua sanit\u00e1ria, porque pode danificar o material do t\u00eanis, desbotar a cor ou at\u00e9 comprometer a durabilidade;
\nPara t\u00eanis brancos, a alternativa mais segura \u00e9 usar detergente neutro, bicarbonato de s\u00f3dio ou vinagre dilu\u00eddo em \u00e1gua.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Festivais como Lolla, The Town e Rock in Rio t\u00eam hist\u00f3rico de lama\u00e7al; entenda o que est\u00e1 por tr\u00e1s disso. Lama invade o Lollapalooza 2025 ap\u00f3s chuva Luiz Gabriel Franco\/g1 Entra edi\u00e7\u00e3o, sai edi\u00e7\u00e3o, e o Lollapalooza Brasil continua tendo perrengues com lama. J\u00e1 virou quase uma tradi\u00e7\u00e3o do evento,… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-703466","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/703466","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=703466"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/703466\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=703466"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=703466"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=703466"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}