Paula Gewehr levou o caso \u00e0 redes sociais ao alegar que a justi\u00e7a maranhense estava tirando a filha, de dois anos, das m\u00e3os dela. Pai cobra a proximidade com filha que foi tirada do MA e levada para S\u00e3o Paulo. Paula Gewehr e Jo\u00e3o Felipe Demite travam uma batalha judicial pela guarda da filha, de dois anos
\nArquivo pessoal
\nO Superior Tribunal de Justi\u00e7a derrubou a decis\u00e3o do Tribunal de Justi\u00e7a do Maranh\u00e3o que dava ao fazendeiro Jo\u00e3o Felipe Miranda Demito a guarda compartilhada da filha, e morando com ele, em Balsas (MA), em detrimento da m\u00e3e, que atualmente mora em S\u00e3o Paulo com a crian\u00e7a.
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\nO caso ganhou repercuss\u00e3o depois da engenheira eletricista Paula Thereza Gewehr publicar v\u00eddeos em que afirma estar perdendo a pr\u00f3pria filha, de dois anos, por causa da Justi\u00e7a do Maranh\u00e3o.
\nNos v\u00eddeos (veja abaixo), Paula chora ao falar que a Justi\u00e7a estava tirando a filha de S\u00e3o Paulo, onde mora com ela, e dando ao pai, que mora no Maranh\u00e3o. Os v\u00eddeos viralizaram nas redes sociais.
\n“Justi\u00e7a nenhuma tira um filho de uma m\u00e3e. \u00c9 um direito que a gente nasce, quando a gente honra esse papel”, diz Paula, aos prantos.
\nPaula Gewehr gravou v\u00eddeos contra a decis\u00e3o de guarda para o pai, Jo\u00e3o, e faz acusa\u00e7\u00f5es
\nEx-casal troca acusa\u00e7\u00f5es e trava disputa judicial pela guarda da filha
\nEm um dos v\u00eddeos gravados por Paula, ela afirma que, inicialmente, a Vara da Comarca de Balsas deu guarda provis\u00f3ria e unilateral ao pai porque haveria ind\u00edcios de aliena\u00e7\u00e3o parental por parte dela, que se mudou para S\u00e3o Paulo, levando a filha. O ato deixou a crian\u00e7a distante do pai.
\nPaula, no entanto, afirma que nunca impediu o genitor de ver a filha e que o \u00fanico motivo alegado pela Justi\u00e7a foi ela ter viajado a S\u00e3o Paulo para trabalhar. Por outro lado, Jo\u00e3o Felipe cobrou na Justi\u00e7a a aproxima\u00e7\u00e3o com a filha.
\nPaula alega que precisa trabalhar presencialmente em S\u00e3o Paulo, tr\u00eas dias por semana. Antigamente, ela trabalhava por home office, o que facilitava a presen\u00e7a do pai, mas desde quando a empresa mudou a pol\u00edtica para o trabalho presencial, ela precisou se mudar definitivamente para a capital paulista e levar a filha.
\n“E se fosse o contr\u00e1rio? Se eu tivesse largado meu emprego, para ficar em Balsas (MA)… eles iriam alegar o que? Que eu era uma mulher desempregada e n\u00e3o ia poder criar minha filha, e tirar a guarda?”, argumenta a m\u00e3e.
\nAo g1, a defesa de Jo\u00e3o Felipe afirmou que a m\u00e3e est\u00e1 tentando obter seus objetivos de forma indevida e usando a internet contra o judici\u00e1rio e o pai, que estaria sofrendo ataques nas redes sociais.
\n“Est\u00e1 acontecendo um verdadeiro linchamento virtual contra o pai e o judici\u00e1rio, e uma exposi\u00e7\u00e3o absurda da crian\u00e7a, orquestrado pela m\u00e3e. O processo judicial do qual acontece essa discuss\u00e3o vem tramitando de forma regular, e foram proferidas decis\u00f5es de forma contr\u00e1ria ao pai, e \u00e0 m\u00e3e, tudo conforme as provas. O que acontece \u00e9 que, quando o pai se deparou com decis\u00f5es dos quais n\u00e3o concordava, ele discutiu essas decis\u00f5es pela via adequada, que \u00e9 o recurso. Pelo contr\u00e1rio, quando a m\u00e3e se deparou com decis\u00f5es que iam de encontro aos interesses dela, ela preferiu deslocar a discuss\u00e3o para o tribunal da internet com o objetivo de colocar press\u00e3o no judici\u00e1rio. S\u00f3 podemos registrar o nosso rep\u00fadio com a forma como ela vem insuflando essa mil\u00edcia digital, que vem agredido, de forma extremamente violenta, o pai e o judici\u00e1rio (…) A maior prejudicada nisso tudo \u00e9 a pr\u00f3pria filha”, afirmou a defesa de Jo\u00e3o.
\nJusti\u00e7a decide pela guarda compartilhada
\nNo dia 19 de mar\u00e7o, a desembargadora do Tribunal de Justi\u00e7a do Maranh\u00e3o, Rosaria de Fatima Almeida Duarte, acatou parcialmente um recurso da m\u00e3e e determinou a guarda compartilhada at\u00e9 a conclus\u00e3o de uma an\u00e1lise psicossocial.
\nNo entanto, a decis\u00e3o manteve a determina\u00e7\u00e3o da crian\u00e7a ficar provisoriamente com o pai, no Maranh\u00e3o, com Jo\u00e3o Felipe e Paula Thereza tendo direitos e deveres compartilhados sobre a cria\u00e7\u00e3o. Ainda segundo a magistrada, a decis\u00e3o seria reavaliada ap\u00f3s a conclus\u00e3o de um estudo psicossocial, que poderia trazer mais elementos para uma decis\u00e3o mais definitiva sobre a guarda.
\n\u201cO direito de visitas e de contato regular da genitora dever\u00e1 ser garantido pelo ju\u00edzo de origem, que tamb\u00e9m poder\u00e1 ajustar os termos dessa conviv\u00eancia, na aus\u00eancia de acordo entre as partes\u201d, determina a desembargadora Rosaria de Fatima Almeida Duarte.
\nRelacionamento conturbado
\nAl\u00e9m da quest\u00e3o envolvendo a guarda da filha, Paula fez diversos ataques contra Jo\u00e3o Felipe nas redes sociais. Ela diz que o ex \u00e9 um homem com quem ela teve um relacionamento conturbado e o acusa de viol\u00eancia psicol\u00f3gica. Ela disse ainda que chegou a pedir uma medida protetiva contra ele, mas Jo\u00e3o conseguiu o arquivamento na Justi\u00e7a do Maranh\u00e3o.
\nPaula tamb\u00e9m afirma que sofreu v\u00e1rios abusos por parte de Jo\u00e3o, com acusa\u00e7\u00f5es de que era impedida de se vestir como queria, de fazer as coisas que gostava, de estar pr\u00f3xima de outras pessoas, e at\u00e9 foi obrigada a engravidar, pois ele jogou fora os seus anticoncepcionais. Paula diz at\u00e9 que foi obrigada, por Jo\u00e3o, a ter parto normal.
\n“Eu n\u00e3o poderia mais frequentar academia, vestir uma legging, usar batom vermelho… me proibia de fazer psic\u00f3logo porque iria ‘me manipular”… (…) At\u00e9 que come\u00e7ou uma press\u00e3o muito grande de eu ter que ter filhos”, conta Paula.
\nAp\u00f3s o primeiro arquivamento, no Maranh\u00e3o, Paula gerou um novo Boletim de Ocorr\u00eancia, no Tocantins. A primeira audi\u00eancia deve ocorrer somente em abril deste ano, por\u00e9m o processo corre em segredo de justi\u00e7a.
\n“Eu estou exausta dessa situa\u00e7\u00e3o. Foi muito dif\u00edcil eu sair do relacionamento que eu estava, e agora, mesmo depois de dois anos separada, ainda assim, a minha vida est\u00e1 sendo controlada por decis\u00f5es do genitor”, relata Paula.
\nSobre as acusa\u00e7\u00f5es da \u00e9poca em que se relacionava com Paula, Jo\u00e3o Felipe afirmou, por meio de sua advogada, que todas as acusa\u00e7\u00f5es n\u00e3o s\u00e3o verdadeiras, mas que n\u00e3o ir\u00e1 se pronunciar sobre os ataques porque o processo no Tocantins corre em segredo de Justi\u00e7a.
\n“H\u00e1 muitos casos inver\u00eddicos que vem sendo divulgados na internet. O primeiro deles \u00e9 que a m\u00e3e teria ‘perdido’ a guarda da filha. Isso n\u00e3o \u00e9 verdade. Na \u00faltima decis\u00e3o, a guarda est\u00e1 compartilhada entre os pais e \u00e9 bom que todo muito saiba para que ningu\u00e9m seja induzido ao erro, como a m\u00e3e vem tentando fazer. Outro ponto \u00e9 que o pai teria sido condenado por uma suposta agress\u00e3o contra a m\u00e3e. Isso n\u00e3o \u00e9 verdade. Ao contr\u00e1rio. A m\u00e3e, por tr\u00eas vezes, instaurou a mesma medida protetiva contra o pai e as tr\u00eas foram rejeitadas porque o discurso n\u00e3o se sustenta”, declara a defesa de Jo\u00e3o.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"