
A agroind\u00fastria lidera o avan\u00e7o da competitividade industrial em Mato Grosso, com \u00eanfase na fabrica\u00e7\u00e3o de alimentos, biocombust\u00edveis e produtos derivados do petr\u00f3leo. Mato Grosso aparece na terceira posi\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o, com um \u00edndice de 0,360
\nDrone Cuiab\u00e1
\nMato Grosso ficou entre os 10 estados com ind\u00fastria mais competitiva do Brasil, segundo o \u00cdndice de Competitividade Industrial (ICI), divulgado pela Federa\u00e7\u00e3o das Ind\u00fastrias de Mato Grosso (Fiemt). O dado, in\u00e9dito no Anu\u00e1rio da Ind\u00fastria de Mato Grosso, \u00e9 referente a 2022 e foi publicado nesta sexta-feira (28).
\nSegundo o levantamento, o indicador leva em conta fatores como valor adicionado per capita, desempenho nas exporta\u00e7\u00f5es, n\u00edvel tecnol\u00f3gico e qualidade dos produtos destinados ao mercado externo.
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\nA competitividade industrial mato-grossense \u00e9 impulsionada, sobretudo, pela agroind\u00fastria, com destaque para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos e de derivados de petr\u00f3leo e biocombust\u00edveis. No entanto, o estado ainda enfrenta desafios para ampliar a produ\u00e7\u00e3o de bens de maior valor agregado e complexidade tecnol\u00f3gica.
\nO setor de fabrica\u00e7\u00e3o de produtos qu\u00edmicos, especialmente a produ\u00e7\u00e3o de fertilizantes minerais e f\u00f3rmulas NPK, tem sido o principal respons\u00e1vel pela agrega\u00e7\u00e3o de valor, segundo a Pesquisa Industrial Anual de 2022.
\nO presidente da Fiemt, Silvio Rangel, destaca que Mato Grosso enfrenta o grande desafio de Mato Grosso \u00e9 reduzir a depend\u00eancia de produtos prim\u00e1rios e ampliar a participa\u00e7\u00e3o de setores mais sofisticados.
\n\u201cCom forte voca\u00e7\u00e3o agroindustrial e posi\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica no agroneg\u00f3cio, Mato Grosso tem potencial para consolidar-se como polo de bioenergia e insumos industriais, mas precisa investir em inova\u00e7\u00e3o, infraestrutura e m\u00e3o de obra qualificada para escalar seu desempenho no ICI, e a Fiemt tem trabalho nestas frentes\u201d, afirma Rangel.
\nO \u00cdndice de Complexidade Industrial (ICI), utilizado para medir esse avan\u00e7o, considera quatro indicadores principais: valor adicionado per capita da ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o, exporta\u00e7\u00e3o per capita, intensidade de industrializa\u00e7\u00e3o e qualidade das exporta\u00e7\u00f5es. Segundo Rangel, a Fiemt tem atuado diretamente nessas frentes para fortalecer a ind\u00fastria local.
\nO ICI foi calculado pelo Observat\u00f3rio de Mato Grosso e tem como base a metodologia da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e no modelo utilizado pelo Atlas da Competitividade Catarinense, da Federa\u00e7\u00e3o das Ind\u00fastrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
\nDe acordo com o levantamento, S\u00e3o Paulo \u00e9 o estado com a ind\u00fastria mais competitiva do Brasil, com um \u00edndice de 0,760 impulsionado pela relev\u00e2ncia de setores de alta intensidade tecnol\u00f3gica na produ\u00e7\u00e3o e no com\u00e9rcio exterior. O estado se destaca pela exporta\u00e7\u00e3o de produtos de maior valor agregado e pela for\u00e7a da ind\u00fastria de fabrica\u00e7\u00e3o de coque, derivados do petr\u00f3leo e biocombust\u00edveis.
\nSanta Catarina aparece em segundo lugar, com 0,734 pontos, liderando a regi\u00e3o Sul. O estado tem forte presen\u00e7a na ind\u00fastria t\u00eaxtil e de vestu\u00e1rio, sendo o maior produtor nacional do segmento. Outros setores relevantes incluem a fabrica\u00e7\u00e3o de m\u00e1quinas e equipamentos el\u00e9tricos (8,56%), m\u00e1quinas e equipamentos (7,58%), produtos de madeira (5,76%) e borracha e material pl\u00e1stico (5,22%).
\nO \u00edndice foi desenvolvido para avaliar a capacidade competitiva das ind\u00fastrias de Mato Grosso em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s demais unidades da federa\u00e7\u00e3o e compreender a voca\u00e7\u00e3o industrial do estado, segundo a Fiemt.
\nO Amazonas \u00e9 o estado mais competitivo da regi\u00e3o Norte, com um \u00edndice de 0,486, sustentado principalmente pelo Polo Industrial de Manaus. As atividades de maior destaque incluem a produ\u00e7\u00e3o de equipamentos de inform\u00e1tica, produtos eletr\u00f4nicos e \u00f3pticos, que representam 30,55% do Valor da Transforma\u00e7\u00e3o Industrial (VTI), al\u00e9m da fabrica\u00e7\u00e3o de equipamentos de transporte (exceto ve\u00edculos automotores), com 11,7%. Outro setor relevante \u00e9 o de fabrica\u00e7\u00e3o de coque, produtos derivados do petr\u00f3leo e biocombust\u00edveis, que representa 14,97% da produ\u00e7\u00e3o industrial.
\nNa regi\u00e3o Nordeste, os estados com melhor desempenho s\u00e3o Bahia e Pernambuco, com \u00edndices de 0,383 e 0,331, respectivamente. No entanto, as estruturas produtivas s\u00e3o distintas: enquanto a Bahia tem na fabrica\u00e7\u00e3o de produtos qu\u00edmicos a principal atividade industrial, Pernambuco se destaca na produ\u00e7\u00e3o de coque, derivados de petr\u00f3leo e biocombust\u00edveis.
\nJ\u00e1 no Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul lidera a competitividade industrial com um \u00edndice de 0,467, impulsionado pela forte presen\u00e7a no setor de celulose, sendo um dos maiores exportadores e fabricantes do pa\u00eds. Mato Grosso aparece na terceira posi\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o, com um \u00edndice de 0,360, ocupando a d\u00e9cima coloca\u00e7\u00e3o no ranking nacional.
\nFeira de Ind\u00fastria
\nNessa quinta-feira (28), a Fiemt e a Secretaria de Desenvolvimento Econ\u00f4mico (Sedec) lan\u00e7aram a Expoind Mato Grosso \u2013 Feira de Neg\u00f3cios da Ind\u00fastria de Mato Grosso, que ser\u00e1 realizada entre os dias 4 e 6 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiab\u00e1.
\nDurante o lan\u00e7amento do Anu\u00e1rio da Ind\u00fastria de Mato Grosso 2025, publica\u00e7\u00e3o do Observat\u00f3rio de Mato Grosso do Sistema Fiemt, foram divulgados os principais indicadores do setor. O levantamento mostra que o n\u00famero de estabelecimentos industriais no estado cresceu 39% na \u00faltima d\u00e9cada, passando de 11.530, em 2014, para 16.072.
\nGera\u00e7\u00e3o de empregos
\nO total de empregos formais tamb\u00e9m registrou alta de 19% no per\u00edodo, chegando a 191.119 postos de trabalho. O Produto Interno Bruto (PIB) industrial praticamente triplicou, saltando de R$ 11,06 bilh\u00f5es, em 2012, para R$ 32,18 bilh\u00f5es em 2022.
\nJ\u00e1 a arrecada\u00e7\u00e3o de ICMS atingiu R$ 7,85 bilh\u00f5es em 2024, representando 34,41% do PIB estadual \u2014 um crescimento de 0,7% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior.]<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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