Pagamento integral da PLR e defesa do teletrabalho est\u00e3o entre as principais exig\u00eancias dos sindicatos. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros de 2024
\nRafa Pereira \/ Petrobras
\nUma greve de 24 horas de petroleiros da Petrobras teve in\u00edcio nesta quarta-feira (26), como forma de protesto dos trabalhadores por problemas de di\u00e1logo com a presid\u00eancia da companhia, ocupada por Magda Chambriard, al\u00e9m de reinvindica\u00e7\u00f5es relacionadas \u00e0 remunera\u00e7\u00e3o e ao modelo de trabalho remoto.
\nEm um manifesto em que informam sobre a greve, a Federa\u00e7\u00e3o \u00danica dos Petroleiros (FUP) e a Federa\u00e7\u00e3o Nacional dos Petroleiros (FNP) afirmam que \u00e9 “incompreens\u00edvel a forma autorit\u00e1ria e a volta \u00e0 cultura do medo na Petrobras que a gest\u00e3o Magda vem tentando impor \u00e0 categoria petroleira” quando os sindicatos tentam negociar com a presid\u00eancia.
\nEntre as reinvindica\u00e7\u00f5es, as federa\u00e7\u00f5es destacam:
\na defesa do teletrabalho, com cancelamento do cronograma de volta ao escrit\u00f3rio elaborado pela companhia e uma renegocia\u00e7\u00e3o dos termos;
\no pagamento da Participa\u00e7\u00e3o de Lucros e Resultados (PLR) nos valores j\u00e1 anunciados pela empresa, que quer reduzir o percentual de distribui\u00e7\u00e3o de lucros para os trabalhadores;
\no fim dos Planos de Equacionamento de D\u00e9ficit (PEDs) na Petros;
\na cria\u00e7\u00e3o de um plano \u00fanico e melhorado para o crescimento de cargos, carreira e sal\u00e1rio;
\na reposi\u00e7\u00e3o do efetivo de trabalhadores na companhia;
\na ado\u00e7\u00e3o de medidas de seguran\u00e7a para evitar acidentes, mortes e adoecimento, al\u00e9m de acabar com a diferencia\u00e7\u00e3o entre trabalhadores.
\nO g1 procurou a Petrobras para entender o posicionamento da companhia sobre a greve e quais \u00e1reas do neg\u00f3cio foram afetadas, mas n\u00e3o teve retorno at\u00e9 a publica\u00e7\u00e3o da mat\u00e9ria.
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\nO manifesto pontua que a gest\u00e3o da petroleira adotou uma “postura desrespeitosa” no debate com as organiza\u00e7\u00f5es de funcion\u00e1rios, anunciando propostas diretamente aos funcion\u00e1rios de base e dificultando o di\u00e1logo com os sindicatos.
\n“Foi assim, por exemplo, na implementa\u00e7\u00e3o do VR\/VA, com a divulga\u00e7\u00e3o de uma proposta feita diretamente aos trabalhadores nas bases e que, quando os sindicatos tentam abrir o processo negocial, a empresa oficializa a proposta como algo imut\u00e1vel, ‘aceita-se ou n\u00e3o'”.
\nSegundo as federa\u00e7\u00f5es, “a mesma postura” foi adotada nas negocia\u00e7\u00f5es sobre teletrabalho. O manifesto diz que a “situa\u00e7\u00e3o se agravou com a amea\u00e7a da gest\u00e3o de que, caso a proposta n\u00e3o seja aceita coletivamente, ir\u00e1 piorar ainda mais, j\u00e1 com um calend\u00e1rio de implementa\u00e7\u00e3o e abertura de termo de ades\u00e3o individual”.
\n“E ainda temos o caso da PLR, onde fomos lubridiados em rela\u00e7\u00e3o ao resultado concreto da regra apresentada, sendo que apenas um lado da mesa possu\u00eda os dados precisos da companhia”, afirmam as federa\u00e7\u00f5es. “Isso n\u00e3o \u00e9 negocia\u00e7\u00e3o, \u00e9 desrespeito \u00e0s hist\u00f3ricas lutas e conquistas do movimento sindical”.
\nA PLR (ou remunera\u00e7\u00e3o vari\u00e1vel) \u00e9 um pagamento adicional ao sal\u00e1rio de cada funcion\u00e1rio e seu valor depende do desempenho da companhia e\/ou do funcion\u00e1rio.
\nAs federa\u00e7\u00f5es alegam que, em uma simula\u00e7\u00e3o em dezembro de 2024, a Petrobras apresentou um valor a ser destinados para a PLR dos funcion\u00e1rios. No entanto, agora em 2025, a empresa quer reduzir esse montante em 31%, “enquanto 207% dos lucros s\u00e3o repassados aos acionistas”.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"