Grupo é suspeito de aterrorizar a cidade de Confresa (MT) e fugir em embarcações para a Ilha do Bananal, oeste tocantinense. Duas prefeituras suspenderam aulas para garantir a segurança dos alunos e profissionais da educação. Araguacema tem aulas suspensas durante operação que busca por criminosos no Tocantins
Reprodução/Google Street View
Três unidades escolares tiveram as aulas suspensas em Araguacema. A decisão foi tomada por orientação da polícia, que continua as buscas pelo grupo criminoso suspeito de aterrorizar Confresa (MT) e fugir para o Tocantins. Durante o cerco, criminosos fizeram moradores reféns e roubaram veículos. Dois deles foram mortos e um, preso, após confrontos com equipes policiais.
Entenda cada passo da quadrilha e o operação montada pela polícia no Tocantins
Em um comunicado oficial, a prefeitura disse que suspendeu, por motivos de segurança, as aulas na Escola Municipal Agrícola, Escola Municipal José Wilson Leite e Creche Tia Ernestina.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
As atividades nas unidades ficam suspensas até que se estabeleça um ambiente seguro para alunos, profissionais da educação e toda a comunidade, e tão logo finalize a ação na beira do rio Araguaia.
Essa é segunda cidade do Tocantins, que decidiu adotar medidas de segurança por causa do cerco policial. A primeira foi a Prefeitura de Marianópolis. No domingo (16), a cidade publicou um decreto suspendendo as aulas, os atendimentos médicos e o transporte de moradores da zona rural até durarem as buscas.
A Operação Canguçu faz buscas pelo bando de criminosos que fugiu para o interior do Tocantins após tentar assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT), no dia 9 de abril. A ação acontece na região oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal, além de cidades do entorno.
A força-tarefa conta com cerca de 350 homens e desde o início da operação, na semana passada, a polícia pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins. Dois suspeitos foram presos e outros dois morreram em confrontos.
Durante a fuga, os bandidos invadiram fazendas e fizeram reféns. Neste domingo (16) o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) informou que a ação criminosa tem prejudicado, inclusive, colheitas na região devido à insegurança e o risco de novas ações criminosas.
O grupo está fortemente armado. Nesta segunda, os policiais apreenderam armamento pesado e munições comuns em guerra, de uso restrito das Forças Armadas. Entre os materiais, há munições usadas para abater aeronaves.
Munições usadas em armamento de uso restrito foram apreendidas durante operação Canguçu
Divulgação/Polícia Civil
LEIA MAIS:
Prefeito suspende aulas, atendimento médico e transportes na zona rural durante operação que faz caçada por criminosos
Munições apreendidas com grupo que atacou cidade em MT são comuns em guerras e de uso restrito das Forças Armadas
Cerca de 350 policiais, aeronaves, drone e barcos: operação para capturar suspeitos de aterrorizar MT completa uma semana
Homem é preso e armas, munições, coletes à prova de balas e itens de proteção são apreendidos com grupo que aterrorizou Confresa (MT)
Polícia identifica um morto e um preso durante força-tarefa contra grupo que aterrorizou cidade de MT e fugiu para o TO
Mortos em confronto
Policiais percorrem Ilha do Bananal em helicópteros durante buscas na Ilha do Bananal
Reprodução
Durante confronto, dois suspeitos foram mortos e um, preso. Os policiais também apreenderam armamento de grosso calibre, milhares de munições, coletes à prova de bala, coturnos e outros materiais.
Nesta quarta-feira (12), Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada.
Ainda não há informações sobre a quantidade de pessoas que fazem parte da organização. Após o primeiro embate com policiais tocantinenses, o grupo teria se dividido.
Força-tarefa
Força-tarefa durante buscas por assaltantes no Tocantins
PM/Divulgação
A perseguição começou no domingo (9) quando criminosos atacaram a cidade de Confresa, no Mato Grosso. Segundo a polícia, o grupo faz parte de uma quadrilha do ‘novo cangaço’. Fortemente armados, eles atiraram contra a base da PM, incendiaram pneus e veículos e tentaram assaltar uma empresa de valores, a Brinks.
Em seguida, fugiram para o Tocantins. A suspeita é que eles tenham atravessado os rios Araguaia e Javaés, em embarcações, até chegarem à Ilha do Bananal, na segunda-feira (10). Depois, tentaram afundar os barcos para não deixar rastros.
Enquanto continuavam a fuga pelo município de Pium, se depararam com uma viatura da Patrulha Rural da PM, que fazia uma ronda rotineira. Militares e suspeitos entraram em confronto. Depois disso, eles se dividiram. Um dos grupos invadiu a fazenda Agrojan, fez uma família refém e roubou veículos.
Ainda na segunda, turistas estrangeiros e funcionários do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tiveram que ser retirados às pressas da unidade por causa dos confrontos. Segundo informações obtidas pelo g1, os criminosos chegaram a entrar no centro de pesquisa e roubaram um barco, que foi encontrado posteriormente pela equipe policial.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Aulas são suspensas em Araguacema por causa de caçada por criminosos armados que fugiram para o Tocantins
Adicionar aos favoritos o Link permanente.