
‘Dia D’ para realização de mutirão está marcado para 22 de fevereiro. Iniciativa acontece anualmente nas quatro praças da emissora. Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
As mortes por dengue já confirmadas em Amparo e Americana, o temor da repetição de uma epidemia histórica em Campinas e o avanço de infectados em diferentes municípios deixa a região de Campinas em alerta para o avanço da doença em 2025. Como forma de ampliar a batalha contra mosquito transmissor, a EPTV lança, nesta quarta-feira (29), a 8ª edição da Campanha de Combate ao Aedes aegypti.
A iniciativa, que acontece anualmente, tem como objetivo mobilizar os municípios para acabar com os criadouros do mosquito transmissor da dengue.
Campinas
Maior cidade da região, Campinas viveu em 2024 a pior epidemia de dengue da sua história, com 90 mortes e 122 mil infectados. Neste ano, de acordo com o Painel de Arboviroses da Prefeitura, já são 241 casos confirmados e outros 1,4 mil em investigação.
E o maior desafio no combate a doença passa, segundo autoridades de saúde, por uma maior participação e conscientização da população. Atualmente, a cada 10 casas visitadas por equipes, em pelo menos 5 o trabalho deixa de ser feito, seja por imóvel fechado ou recusa dos moradores.
Fausto Marinho, coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, destaca que velhos problemas como o famoso pratinho do vaso de planta ainda segue sendo um campeão nas ocorrências, e mesmo assim há resistência das pessoas e falta de colaboração.
“Estamos com muita dificuldade em acessar os imóveis, uma pendência em torno de 52%. E pode ser que seja esse o imóvel com foco de criadouro que afeta toda vizinhança. Esse é um trabalho contínuo. A população se mostra saturada, mas se a equipe está voltando, é porque precisa voltar e entrar de novo”, esclarece.
Região de Campinas terá repasse de R$ 25,5 milhões do estado para combate à dengue; veja por cidade
Marinho enfatiza ainda a gravidade da doença, que muitos banalizam com a falta de comprometimento no combate.
“A dengue mata. A impressão que dá que como convivemos com a doença há decadas, acaba banalizando. As pessoas esquecem que mata, e só lembram quando morre um vizinho, um parente. Esse é um trabalho conjunto, não só do poder público. Em muitos casos, não conseguimos executar nosso trabalho”, alerta.
Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Orientações à população
Algumas medidas de prevenção são:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas