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AGU vê ação coordenada e financiada para ataque a agentes econômicos


Integrante do órgão que concentra pedidos de apuração diz que “linha de investigação é de estrutura profissional e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024”. A AGU tem sede em Brasília, no Distrito Federal
Sérgio Moraes/AGU
Órgão que vem sendo sistematicamente acionado desde o fim do ano passado para pedir investigações e levantar dados sobre mentiras disseminadas em redes sociais sobre diversos agentes e programas econômicos, a Advocacia-Geral da União trata os casos como ação de “estrutura profissional, financiada e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024”.
“Há, sim, há uma estrutura profissional, financiada e bem construída em curso desde o último trimestre de 2024. Nada é orgânico. Desde a discussão da questão fiscal, passando pelo dólar, etc… Ganhou impulso após a eleição de Donald Trump”, afirma um integrante do órgão que acompanha de perto todas as iniciativas solicitadas.
A AGU está orientada a analisar os casos até aqui como parte de um ataque orientado em bloco. “Tudo está conectado. Vamos olhar como um bloco só”, informa a fonte.
O órgão foi instado a atuar de maneira mais incisiva quando um perfil que simulava uma agência de investimentos nas redes sociais publicou falas falsas e as atribuiu a Gabriel Galipolo, que estava prestes a assumir a presidência do Banco Central.
A mentira foi replicada por perfis de investimentos ou coachs de investimento com centenas de milhares de seguidores e chegou até a cúpula do governo e do Banco Central, por meio de agentes sérios que questionavam a veracidade das aspas.
O caso foi revelado pelo blog e repercutiu amplamente em veículos como Brazil Journal e UOL. Depois, no dia 25 de dezembro, Natal, o Google exibiu durante todo o dia uma cotação falsa do dólar. O mercado estava fechado dado o feriado e o valor correto seria R$6,18.
O Google admitiu que foi levado a erro pelo serviço terceirizado que paga para monitorar o mercado. A suspeita é de que um site “trash” tenha impulsionado fake news com a cotação falsa, manipulando o algoritmo.
A AGU informou o Google do erro e foi ela própria alvo de fake news, como se tivesse “censurado” o órgão.
Além desses casos, houve vídeo falso com deep fake simulando uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e uma onda de desinformação sobre taxação do PIX, distorcendo medida que o governo acabou abandonando, de combate à sonegação fiscal por meio de maior fiscalização da Receita.
Mesmo após o recuo do governo, Haddad foi novamente alvo de ataque digital, tendo seu CPF vazado com instruções para inserção de compras em seu registro pessoal, para estimular a tese de que o ministro tem movimentação financeira atípica.
“Essa é a nossa hipótese e linha de investigação que será desdobrada com a PF. Tem vários núcleos. O político, o dos executores e o dos financiadores”.
No caso do PIX, houve uma opção da oposição de, em meio à avalanche de desinformação, trabalhar uma mensagem de forte conteúdo político, porém sem incorrer em mentira sobre o tema, para ampliar o alcance da crítica e alavancar a desconfiança sobre os atos do governo.
No fim, o Planalto recuou tanto da medida como da disputa no campo da comunicação e da política, o que cristalizou uma sensação de dupla derrota e abatimento, inclusive entre aliados do presidente Lula.
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