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Em depoimento à PF sobre fala após atos terroristas em Brasília, Zema disse que não quis colocar em cheque as instituições ou autoridades


Zema disse à época da invasão da Praça dos Três Poderes, que Governo federal ‘fez vista grossa para que o pior acontecesse’. Depoimento à PF aconteceu por determinação do STF. Romeu Zema vai ser ouvido pela Polícia Federal (PF).
Reprodução/TV Globo
O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) prestou depoimento à Polícia Federal, por meio de videoconferência, nesta quarta-feira (19). A medida foi tomada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em janeiro deste ano, Zema disse que suspeitava que o governo federal tenha feito “vista grossa” diante dos atos terroristas e antidemocráticos em Brasília, no dia 8 de janeiro, “para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”.
Em pronunciamento, Zema disse que repudia os atos cometidos no dia 8 de janeiro e também a necessidade de investigações.
“Deixei claro meu apreço à democracia. Hora nenhuma eu disse que o STF fechado seria positivo, pelo contrário. Depoimento foi tranquilo e reforcei minhas convicções. Hora nenhuma quero colocar em cheque às instituições democráticas ou qualquer autoridade”.
Governo federal ‘fez vista grossa para que o pior acontecesse’, diz Zema sobre atos terroristas
Entrevista em janeiro
À época dos atos terroristas, Zema disse em entrevista à Radio Gaúcha que houve “erro da direita radical”.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que, lembrando, é uma minoria, e houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou Zema, à época, em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul.
Zema acrescentou que esta era “uma mera suposição” e que as investigações teriam que explicar o que aconteceu. No entanto, ele não apresentou nenhum tipo de prova.
“O que se demonstrou ali, naquele domingo, dia 8 de janeiro, foi, assim, uma lerdeza gigantesca de quem está ali para poder defender as instituições”, disse
Para o governador, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) “foi previamente comunicado da manifestação e não se mobilizou, não fez nenhum plano de contingência”.
“Me parece que, apesar de ser um movimento que poderia ter sido tolhido a tempo, porque a poucos quilômetros dali temos centenas, milhares de homens do Exército, da Força de Segurança Nacional, que estariam ali em pouquíssimos minutos, nada foi feito”, completou, à época, o governador.
Zema ainda falou que o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do cargo, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi “prematuro, desnecessário e injusto”.
Alguns deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) entraram com uma interpelação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo explicação do governador. Como está no contexto dos atos antidemocrático, o STJ encaminhou para STF que, por sua vez, mandou para a PF fazer a oitiva.
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